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14 de Setembro de 2015 – 04h43 horas / G1

Suzano formalizou a intenção de ser a nova sede da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) depois que o Governo Federal e a Prefeitura de São Paulo assinaram um termo de cooperação para avaliar a possível transferência da unidade da Vila Leopoldina para uma área próxima ao Rodoanel.

No projeto proposto pela Prefeitura, uma área de dois milhões de metros quadrados foi apresentada como adequada para o empreendimento, perto da alça de acesso que será construída da Estrada dos Fernandes para o Rodoanel. O Prefeito de Suzano foi até Brasília para mostrar o plano.

"O município ganharia muito desenvolvimento, porque do momento que tivermos a Ceagesp aqui, são cerca de 15 mil empregos, diversas empresas vão se instalar em nosso município, haverá uma arrecadação de impostos com o valor adicionado, eu tenho certeza que será um pólo logístico gerador de desenvolvimento" afirma o prefeito de Suzano Paulo Tokuzumi.

Tokuzumi informou ainda que a área não é do município mas, caso a proposta seja aceita, é possível declarar a área como de utilidade pública. E disse também que a cidade não tem como bancar as obras, e então dependeria de recursos públicos.

"Existe uma dúvida de como será essa formatação jurídica da nova Ceagesp, não sei se vai ser uma PPP [parceria público-privada], uma empresa de capital misto ou se o ministério vai continuar tendo aqui um centro de desenvolvimento. Mas qual seja o formato, nós estamos dizendo que Suzano tem uma área disponível que atende qualquer uma dessas condições", explica Tokuzumi.

Outro argumento apresentado pelo prefeito foi o potencial logistico da cidade, que já tem uma alça de acesso construída para o Trecho Leste do Rodoanel, a Prefeitura trabalha no projeto Viamar, para uma possível ligação ao Porto de Santos e o Vialeste, para ligar a cidade à Zona Leste pela Avenida Aricanduva.

A proposta dividiu opiniões no Mercado do Produtor de Mogi da Cruzes. A permisionária Márcia Wada, que tem um box no mercado, acredita que a unidade do Ceagesp traria o fim para o estabelecimento de Mogi das Cruzes."Vai afetar bastante, queira ou não muitos comerciantes vão querer ir ao Ceagesp, porque se acha de tudo lá. Então para nós será difícil", acrescenta.

"Se sobrasse um espaço para nós estarmos indo para lá também, se desse para fazer uma junção daria muito certo, fazendo os persmissionários e produtores indo para o mesmo espaço", diz o permissionário José Dirceu da Silva Júnior, como uma possibilidade para os comeciantes do Mercado Produtor de Mogi.

O Comércio Atacadista de Mogi funciona desde 1999, e conta com 333 permissões de uso, distribuídas entre 154 comerciantes. "O perfil do Mercado Produtor é diferente. O diferencial está  na camada de mercado um pouco diferente nos supermercados da região e nas quitadas, então são poucas lojas que usufluem da distribuição de produtos agropecuários. Então eu acho que não vai mudar, alguma coisa pode até ser, mas não vai prejudicar atividade do pessoal do Mercado Produtor", ressalta o secretário da Agricultura,Oswaldo Nagao.


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