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23 de Abril de 2018 – 16h14 horas / O Carreteiro

Estudos estimam que a baixa qualidade das rodovias pode quase dobrar os custos operacionais do transporte rodoviário de cargas e acarretar um acréscimo de 91,5% de despesas. Assim, em média, o transportador brasileiro tem seu custo operacional aumentado em 27,0% em decorrência, apenas, das inadequações relacionadas ao Pavimento. Assim, em média, o país gasta mais de um quarto do que deveria para transportar suas mercadorias.

 

Além de tornar o custo do transporte mais elevado, a infraestrutura rodoviária brasileira tem características que comprometem significativamente a segurança dos usuários. Na Pesquisa de 2017, foram identificados 8.198 km de rodovias onde inexistia pintura da faixa central e 14.471 km sem faixas laterais. Além disso, em 49,6% da extensão onde há presença de curvas perigosas, não foi verificada a presença de placas ou defensas.

 

Dados da Polícia Rodoviária Federal indicam que, em 2016, ocorreram 96.362 acidentes nas rodovias federais policiadas. Em 5,6% desses, ou seja, em 5.355 ocorrências, foi registrada, no mínimo, uma vítima fatal. Ao todo, foram registradas 6.398 mortes. Já os acidentes com feridos totalizaram 54.872 casos (56,9%), totalizando 86.672 pessoas feridas 39.

 

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), desenvolveu estudo que estimou os custos da perda de vidas, dos danos materiais dos veículos e da perda de cargas. A CNT atualizou o estudo, com base no número de acidentes registrados, em 2016, e na inflação do período, e o resultado foi um prejuízo de R$ 10,88 bilhões. Desse total, 37,5%, ou seja, R$ 4,07 bilhões foram perdidos em acidentes com vítimas fatais.


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