‘Acho que antes do Carnaval’, diz Onyx sobre envio de reforma ao Congresso
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14/02/2019 – 17:44 / Correio Braziliense

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que a reforma da Previdência deve ser encaminhada à Câmara dos Deputados antes do Carnaval, que ocorrerá na primeira semana de março. A equipe econômica tinha a intenção de apresentar o texto já na próxima semana, no dia 21. As declarações foram dadas durante o Seminário de Abertura do Ano de 2019, promovido pela Revista Voto, no Brasil 21, em Brasília.

De acordo com o ministro, o texto só será encaminhado quando estiver maduro e definido pelo presidente Jair Bolsonaro. “Ele veio de São Paulo e reviu, seguramente, mais de uma vez (a proposta) que nós deixamos com ele. Nós vamos conversar ainda ao longo deste fim de semana e início da semana que vem. Eu acho que antes do Carnaval deve estar lá (no Congresso) ”, disse. Não é obrigatório ser na semana que vem. Se estiver obrigatório e maduro, se ele achar seguro, a gente leva semana que vem…”, completou.

Lorenzoni informou que não podia dar detalhes da reforma. “Os detalhes serão só depois da definição presidencial”, afirmou. Apesar disso, declarou que a proposta será humana. “Eu tenho dito a todos que a nova Previdência, que o governo vai apresentar brevemente, depende das definições que o presidente, que chegou a Brasília de volta, graças ao bom Deus (e aí agradeço às orações de todos), vai definir. Agora, a preocupação em ser um processo onde haja esse olhar fraterno para as pessoas vai estar mostrando claramente na forma como vai ser feita a transição, na separação da Previdência e da assistência (social). O presidente Bolsonaro tem uma preocupação muito grande em fazer uma nova Previdência que respeite as pessoas”, afirmou. 

Numa minuta vazada à imprensa, o governo queria pagar R$ 500 às pessoas de baixa renda com 55 anos ou mais. Aos mais vulneráveis acima de 65 anos, a proposta será de pagamento de R$ 750. Também haverá restrição para o pagamento do abono salarial a quem recebe até um salário mínimo. Questionado sobre isso, Lorenzoni disse: “acho que não vai mais ser isso”. “Mas de qualquer maneira, existem várias alternativas. O presidente vai avaliar e vai decidir”, alegou.

Durante o evento, cinco empresários apresentaram para as prioridades para o Brasil, como a corrupção, a desburocratização, a valorização dos empresários, a busca da produtividade e mão de obra do próprio governo e a modificação do sistema tributário.


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