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13 de Agosto de 2015 – 05h12 horas / Via Trolebus

Dados divulgados pela Companhia de Engenharia de Trafego, a CET, apontam uma queda no índice de acidentes após vias terem tido a velocidade máxima reduzida, sobretudo na área central, com limites de 40 km/h.

Segundo os dados, a redução no número de mortes em acidentes de trânsito e atropelamentos foi de 71%. Entre agosto de 2012 e setembro de 2013, a região teve 167 acidentes, com 7 mortes. Já entre novembro de 2013 e dezembro de 2014, após a redução de velocidade, foram 136 acidentes, com 2 mortes. A redução do número de acidentes em geral foi de 18,5%.

Recentemente a prefeitura reduziu também as velocidades máximas nas marginais Tietê e Pinheiros. A medida não foi bem aceita por parte da sociedade, principalmente do munícipe que se desloca por automóvel. Entre as criticas da medida, era um possível acréscimo no tempo de deslocamento nestas vias.

O secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, rebate o argumento dos motoristas, e afirma que o fluxo de carros aumentou: “Do ponto de vista do fluxo de veículos, as Marginais mostraram que o fluxo aumentou a velocidade média, melhorando o trânsito. Do ponto de vista de segurança, os dados preliminares que nós temos aonde implantamos em outros locais a Área 40 e nesses 50 onde estávamos implantando a ciclovia, diminuíram o número de acidentes, principalmente graves”, disse Tatto.

Em 2012 foram registrados em São Paulo 26.932 acidentes com vítimas (feridos ou fatais). No ano posterior, com o início das intervenções do Plano de Proteção à Vida (PPV), houve queda para 25.508 ocorrências. No ano passado foram 23.547 acidentes desse tipo. O número de pessoas atropeladas chegou a 7.759 em 2012. No ano seguinte, foram 7.202; e, em 2014, 6.482 pessoas foram atropeladas.

Área 50

O novo projeto é reduzir velocidades em quase todas as vias para 50 km/h. Após o anúncio, as críticas voltaram a tona, endossado por editoriais de jornais. A bronca se concentra no argumento de que motoristas que já enfrentam trânsito pesado, não vão poder desenvolver altas velocidades.

Segundo medições da CET, entre as 16h e as 17h, a velocidade média dos carros em 2013 era de 7,9 km/h. Já no pico da tarde, entre 17h às 20h, a velocidade média foi de 6,9 km/h naquele mesmo ano.

“Nós temos uma decisão para a redução dos limites de velocidade na cidade toda. Exceto aquele trecho da [avenida] 23 de maio da Praça da Bandeira até o Viaduto João Julião [da Costa Aguiar] e a pista central e expressa das marginais, todas as vias da cidade de São Paulo terão o limite máximo de velocidade máxima de 50 quilômetros por hora. É evidente que alguns locais da cidade, como na região central, você pode ter um limite menor de velocidade”, afirmou o secretário.

Estudos da organização WRI Brasil-EMBARQ Brasil apontam que ao atropelar um pedestre a 60 km/h, o risco de morte é de mais de 80%, contra inferior a 50% de fatalidade se o carro estiver a 50 km/h.


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