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11 de Outubro de 2016 – 03h31 horas / G1

Motoristas que circulam pelo Arco Metropolitano reclamam da falta de segurança e policiamento, como mostrou o Bom Dia Rio. A Federação das Empresas de Transporte de Cargas (Fetranscarga) já contabilizou 300 roubos a caminhões somente este ano. Em todo o ano de 2015, foram registrados 93 roubos no local.


“Essa semana mesmo, um comboio de três caminhões iria ser abordado por três carros com marginais portando fuzis. A orientação é que, sempre que possível, andar em comboio. E as empresas que fazem o monitoramento devem ficar atentas para bloquear o caminhão e acionar imediatamente a polícia”, explicou o Cel. Venâncio Moura, diretor de segurança da Fetranscarga.


O Arco Metropolitano foi construído para desafogar vias expressas de entrada e saída do Rio de Janeiro, como a Ponte Rio-Niterói, a Avenida Brasil, linhas Vermelha e Amarela e as rodovias Washington Luís e Dutra. No ano passado, a circulação era de 15 mil veículos por dia, metade do previsto. E o caminho parece cada vez mais livre.


“A estrada até que é boa, mas o policiamento é nulo. A gente se sente muito inseguro mesmo e fica à mercê do pessoal ali. Já tive amigos assaltados ali, eles jogam pedras, é uma barbaridade”, comenta um motorista.


No trecho entre Duque de Caxias e Itaguaí, na Baixada Fluminense, o policiamento é uma raridade. Em quatro horas de reportagem, apenas um carro da polícia foi visto. Quem precisa parar no acostamento fica assustado.


“Parei para atender o celular aqui rapidinho, mas parei com medo, porque tem que olhar para um lado e para o outro”, contou o professor Marcelo Silva de Souza, que revelou que também acha raro ver viaturas na área.


Sendo obrigado a passar pelo Arco Metropolitano todos os dias, ele evita os horários noturnos.
“Eu não vejo policial aqui. Para não dizer que eu nunca vi, uma única vez eu vi uma viatura policial aqui, mas é muito raro”, destacou Marcelo.


Durante a noite, o trajeto é escuro e a maioria das lâmpadas não está funcionando.
“Quase todas as lâmpadas estão paradas. Quase tudo desligado. Isso que o Arco Metropolitano é novo,” contou o estudante da UFRRJ Diogo Abirached.
O sinal para os telefones celulares também funciona mal e não há telefones de emergência ao lado da pista. Se um carro quebra, o socorro é precário.


“Eu estou passando um apuro, sem meio de ter um socorro. É uma via que é uma bveleza, um ponto estratégico, mas muito mal servido de tudo”, observou um homem que ficou parado no acostamento e precisava de ajuda.


A Polícia Militar afirmou que o patrulhamento no Arco Metropolitano é feito pelo Batalhão de Polícia Rodoviária em rondas 24 horas por dia, em toda a extensão da estrada.


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