Brasil não tem programa de manutenção de pontes e viadutos
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15 de Agosto de 2018 – 15h23 horas / O Carreteiro

O alerta vem do engenheiro Luiz Pladevall, presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente) e vice-presidente da ABES/SP (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental). De acordo com Pladevall, o Brasil não tem um programa de recuperação e manutenção dessas obras e a deterioração dessa infraestrutura pode trazer sérios riscos para a população, como já ocorreu em algumas localidades. “Essas estruturas podem romper e causar desastres fatais, adicionou.

 

Segundo dados da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), este ano o Brasil deve menos de 1,5% do PIB em infraestrutura, segundo dados da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias). Para atender as demandas do setor, o país precisaria investir anualmente entre 1,5% a 6% do PIB, valores equivalentes entre R$ 300 bilhões e R$ 400 bilhões. Na avaliação de Luiz Pladevall, adiar soluções só vai fazer aumentar ainda mais os gastos futuros com esses empreendimentos. O País não pode adiar indefinitivamente a manutenção dessas obras sobre o risco de apagar incêndios no futuro”, avaliou.

 

Por outro lado, pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) publicada no final do ano passado, mostrou queda na qualidade do estado geral dos 105.814 km de rodovias avaliadas. A classificação regular, ruim ou péssima atingiu 61,8%, enquanto em 2016 esse índice era de 58,2%. Em 2017, 38,2% das rodovias foram consideradas em bom ou ótimo estado. Em 2016 esse percentual era de 41,8%.

 

A pesquisa mostrou também que nos trechos de rodovias concedidas, em 1,9% da extensão com pontes ou viadutos, não há acostamento ou defensas. Esses dispositivos estão completos em 51,0% e 47,1% estão sem um dos dispositivos. Já nas rodovias públicas, em apenas 17,3% há presença de pontes ou viadutos com acostamento e defensas completas. Em 69,9%, um dos dispositivos de proteção está ausente e, em 12,8%, não há qualquer um dos dispositivos.


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