Caminhões vivem pequena recuperação
Compartilhe
07 de Novembro de 2014 – 05h25 horas / Automotive Business

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) atribuiu a alta de 8,6% nos emplacamentos de caminhões em outubro sobre setembro à antecipação de compras pelos frotistas. Termina no dia 21 de novembro o prazo para que os veículos comprados pelo Finame simplificado sejam faturados ainda este ano.

A indefinição das futuras taxas para o programa também teria acelerado as vendas no décimo mês do ano, que teve 12.172 caminhões licenciados.

“Precisamos que 2015 comece com as regras do Finame já definidas, porque em 2014 isso só ocorreu em 23 de janeiro”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos Gomes de Moraes, recordando que o fato teve impacto negativo no começo do ano. “Esperamos a definição já neste mês. A previsibilidade é muito importante para a venda de caminhões”, diz.

No segmento de carga, a maior alta em outubro ocorreu para os semipesados, que tiveram 4,13 mil unidades vendidas e crescimento de 12%. A queda mais expressiva, de 7,1%, foi registrada pelos modelos médios, que somaram 982 unidades no mês. No acumulado do ano foram lacrados 111,2 mil caminhões novos, volume 13,4% menor que o de igual período de 2013. Até o fim do ano a Anfavea estima a venda de 130 mil a 135 mil unidades.

EXPORTAÇÃO E PRODUÇÃO DE CAMINHÕES

Em outubro foram enviados ao exterior cerca de 1,4 mil caminhões, uma queda de 12,3% ante setembro. No acumulado do ano, a venda ao mercado externo soma 15,3 mil unidades e resulta em retração de 26% ante o mesmo período do ano passado. Os segmentos com quedas mais expressivas foram os de semipesados (-41,1%) e pesados (-28,9%).

A retração tem como principal motivo o mercado argentino. De acordo com Moraes, para ampliar as vendas ao exterior a Anfavea trabalha em acordos, especialmente com o México, e também com nações africanas. “Defendemos também de medidas que ajudem a competitividade.”

Nos próximos dias, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, viaja para o México a fim de dialogar com as associações locais de fabricantes de veículos leves e pesados: “Esperamos renovar os acordos para os próximos anos não só para compra e venda, mas também para integração produtiva”, afirma Moan.

Em outubro, a produção de caminhões foi próxima a 12,4 mil unidades, registrando acréscimo de 5,2%. As altas mais expressivas ocorreram para os modelos médios (19,4%) e semileves (12,6%). No acumulado do ano, contudo, a queda da produção chega a 24,6%, motivada pela retração tanto no mercado interno como nas exportações. Dos semileves aos pesados, todos os segmentos apresentam recuo de janeiro a outubro ante igual período de 2013.

ÔNIBUS

Motivada por entregas de lotes recentes, a venda de ônibus em outubro aproximou-se de 2,9 mil unidades e registrou alta de 30,9% sobre setembro. No acumulado do ano, porém, as 22,8 mil unidades licenciadas resultam em queda de 15,2%. Até o fim do ano a Anfavea estima entre 27 mil e 27,5 mil emplacamentos de ônibus.

A exportação em outubro somou 591 unidades, registrando leve alta de 2,4%. No acumulado do ano, porém, os 5.472 veículos enviados ao exterior resultam em recuo de 29,4%, comportamento semelhante ao dos caminhões e também motivado pela retração do mercado argentino. A queda nos embarques afetou bem mais os modelos urbanos (-39,9%) que os rodoviários (-6,7%).

A produção de chassis de ônibus em outubro aproximou-se de 2,7 mil unidades, resultando em pequena queda de 3% ante setembro. De janeiro a outubro o Brasil produziu 30,5 mil unidades, 13,3% a menos que em igual período do ano passado.


voltar