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13 de Julho de 2015 – 04h15 horas / O Progresso

Os custos com novos projetos de duplicação da BR-163 nos perímetros urbanos dos municípios cortados pela rodovia – Mundo Novo, Eldorado, Itaquiraí, Naviraí, Juti, Caarapó, Dourados, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Campo Grande, entre outros – ficarão por conta da CCR MS-Via. A decisão foi tomada após reunião entre prefeitos das 21 cidades impactadas pelas obras, parlamentares e representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestes (ANTT), em Brasília.

A informação foi dada pelo gabinete do deputado federal Elizeu Dionizio, que recebeu em audiência o presidente da Assomasul, Juvenal Neto (PSDB) e os prefeitos das cidades atingidas pelas obras de duplicação da rodovia. A preocupação dos gestores municipais é com o custo dos projetos que teriam de fazer e os prejuízos que a duplicação pode causar às empresas localizadas às margens da rodovia.

Durante reunião com parlamentares e representantes da concessionária na ANTT, o presidente da Assomasul expôs a sua preocupação diante da complexidade do extenso projeto e com a falta de recursos financeiros por parte das prefeituras de Mato Grosso do Sul.

Juvenal Neto, que é prefeito da cidade de Nova Alvorada do Sul, considerou importante o fato de a concessionária da obra resolver elaborar os projetos, por entender que a maioria dos municípios tem dificuldades financeiras para custear as despesas.

Para o prefeito de Jaraguari, Vagner Gomes Vilela, a reunião foi muito produtiva porque deu poder para a CCR resolver os problemas nos municípios e a suspensão da duplicação nos perímetros urbanos vai permitir adequar a obra a realidade de cada localidade. “Cada município tem sua característica, dentro destas demandas locais, a CCR fala que precisamos de projeto, ai surge o problema. A maioria dos municípios não tem condições de fazer projeto”, reforçou Dionizio em defesa dos prefeitos.

A diretora da ANTT, Natalia Marcassa, disse que embora sejam acatadas as alterações, elas terão de atender o coletivo, ou seja, “os usuários da rodovia e não segmentos específicos”. Ela afirmou ainda que as obras de duplicação da BR-163 nos trechos urbanos estão suspensas até que os prefeitos apresentem as alterações necessárias e que os custos com os novos projetos ficarão sob responsabilidade da CCR.

O secretário interino do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, destacou que embora os gestores tenham de conversar com a CCR, a decisão sobre qualquer alteração depende da ANTT. “Tragam tudo para a ANTT, a CCR só pode fazer o que está na concessão, a empresa não pode atender tudo o que o prefeito quer, por isso queremos que a ANTT autorize a CCR a fazer as mudanças”, sugeriu.

Esta afirmação foi reforçada pelo diretor presidente da CCR MS-Via, Maurício Negrão. “Não vamos fazer nenhuma obra no perímetro urbano sem discutir com prefeitos, nós não aprovamos nada, quem aprova é a ANTT, é o Ministério (dos Transportes). Para nós, as demandas de Campo Grande estão corretíssimas”, pontuou.


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