Compartilhe
18 de Setembro de 2015 – 02h25 horas / A Tribuna

A necessidade de expandir e desenvolver o porto de Santos é um dos assuntos mais discutidos por especialistas e empresários do setor. O tema é importante pois o cais santista está a menos de 10 anos de chegar a seu limite de movimentação de cargas, 230 milhões de toneladas anuais, segundo estudo encomendado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária, no final da década passada.


Para evitar prejuízos, projetos e estudos estão sendo realizados para ampliar a capacidade operacional do complexo marítimo. Há iniciativas para aprofundar e alargar o canal de navegação, aumentar os acessos ferroviários e rodoviários e criar áreas para novos terminais.


Entre os projetos aquaviários, está o Santos 17, que reúne empresários, a Docas e a Prefeitura de Santos e visa analisar o quanto o canal de navegação e os berços de atracação do complexo marítimo podem ser aprofundados. A princípio, a ideia era defender o aumento da profundidade dos atuais 15 aos 17 metros, até 2017 (o que explica a denominação do programa). Mas optou-se por estudar o quanto o canal pode ser dragado.


O aprofundamento dos acessos aquaviários ao Porto permitirá a vinda de navios de maiores dimensões, capazes de transportar um maior volume de cargas por viagem. Isso diminui o custo logístico relativo do complexo portuário e, consequentemente, aumenta sua competitividade.


Os estudos do Santos 17 serão complementados com pesquisas sobre os efeitos da dragagem no processo de erosão na orla da Cidade.


Outro projeto em estudo, dessa vez, apenas pela Codesp, é o Santosvlakte, que prevê a construção de um complexo de terminais de águas profundas fora do Canal do Estuário, na costa de Guarujá. O empreendimento é inspirado no Maasvlakte, a área de expansão do Porto de Roterdã, na Holanda. Esse ainda é um plano de longo prazo, mas estudos sobre sua viabilidade já foram iniciados.


Em relação aos novos acessos rodoviários ao complexo marítimo, a serem erguidos na Entrada de Santos, projetos e estudos foram liberados pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante a 13ª edição do Santos Export – Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, realizado no mês passado. No total, as intervenções deverão custar cerca de R$ 378 milhões. As obras devem começar no próximo ano.


Sobre os acessos ferroviários, a duplicação das linhas férreas entre Santos e Campinas ampliará a capacidade do transporte dessas cargas entre o cais e o Interior do Estado. Um dos reflexos é que os trens vão acabar captando cargas atualmente transportadas por caminhões, reduzindo o tráfego rodoviário na região.


voltar