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29 de Junho de 2015 – 05h23 horas / Diário do Grande ABC

Mercado ainda carente em termos de opções de condomínios industriais considerados de alto padrão, ou seja, que tenham como características, por exemplo, pé-direito de 12 metros de altura, piso que suporte 6 toneladas por metro quadrado de carga e dispositivos sprinklers (sistema anti-incêndio), o Grande ABC ganhará empreendimento desse tipo no primeiro trimestre de 2016, que será instalado em Mauá.
Com investimento de R$ 150 milhões, será erguido condomínio empresarial em 144 mil m² de terreno nas proximidades da Avenida Ayrton Senna da Silva, que contará com 47 mil m² de galpão, com flexibilidade para abrigar até oito módulos (ou seja, espaço de locação para até oito empresas) de 4.000 m² a 7.000 m². Será o primeiro empreendimento do grupo internacional Golgi (sociedade entre a companhia inglesa Autonomy Investments com a canadense Cadillac Fairview) no Estado de São Paulo e o segundo no País. O primeiro foi no Rio de Janeiro. E o projeto é da CBRE, maior consultoria imobiliária do mundo.

Segundo o diretor de serviços industriais da CBRE, Fernando Terra, o Grande ABC ainda conta com poucos imóveis desse tipo, chamados de triplo A, em comparação com outras regiões do Estado. Ele cita que nos sete municípios são apenas 11, que compreendem total de 260 mil m² de estoque (área de armazenagem), enquanto Barueri tem 38, com 750 mil m²; Guarulhos possui 16, mas com 900 mil m², e Cajamar também tem 16, que ocupam</CW> 1,3 milhão de m².

Terra acrescenta que a localização de instalações desse tipo é importante, já que tem como foco, sobretudo, abrigar centros de distribuição e empresas de logística, que têm de despachar produtos com agilidade. Por isso, a proximidade com o Rodoanel foi determinante para a escolha do terreno em Mauá para a construção. Além disso, de acordo com o especialista, o município tem algumas áreas disponíveis, enquanto os outros da região têm poucas opções por causa de dois fatores: o adensamento populacional, que encareceu os terrenos para indústrias, e, nos espaços livres, muitas áreas em mananciais, em que há restrições de ocupação por empresas.

Em relação à conjuntura atual do País, de crise econômica, o executivo assinala que esses empreendimentos seguem sendo demandados. “Somente neste ano fizemos quase 200 mil m² de galpões, o mercado não parou”, diz. E por quê? “As empresas buscam eficiência maior no centro de distribuição e, saindo de (armazéns) de oito metros de pé-direito para 12 metros, conseguem obter ganhos com volume maior de armazenagem”, ressalta.


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