Datafolha diz que 49% defendem rodízio estendido de veículos em SP
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21 de Julho de 2014 – 01h34 horas / G1 SP

A implantação do rodízio estendido de veículo em São Paulo, que vigorou das 7h às 20h em algumas datas durante a Copa do Mundo, é defendida por 49% dos paulistanos, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (21) no jornal "Folha de S.Paulo".
 

De acordo com o Instituto Datafolha, 45% da população são contra o rodízio estendido. As duas posições estão tecnicamente empatadas, já que a margem de erro é de três pontos percentuais.
 

Outros 5% dos entrevistados disseram ser indiferentes à situação. E, 2% do público ouvido não têm opinião sobre o tema.
 

A pesquisa foi realizada nos dias 15 e 16 de julho, com 1.047 entrevistados com mais de 16 anos na capital paulista.

A medida polêmica foi adotada cinco vezes durante a realização da Copa do Mundo, depois de o jogo do Brasil do dia 17 de junho ter provocado 302 km de congestionamento com a liberação dos funcionários pelas empresas mais cedo para assistir à partida. A lentidão foi a terceira mais alta no período da manhã na história da cidade.
 


Durante a Copa, Haddad chegou a propor a decretação de feriado no dia dos jogos do Brasil para diminuir o impacto no trânsito, mas os vereadores não aprovaram a medida, e o prefeito decretou o rodízio durante todo o dia.
 


Hoje em dia, o rodízio de veículos restringe a circulação apenas nos horários de pico, das 7h às 10h e das 17h às 20h, no Centro expandido.
 


Segundo o Datafolha, entre os paulistanos que têm o carro como meio de transporte mais frequente, são favoráveis 40%. Outros 57% são contrários. A maioria dos que usam transporte público é a favor: 60% entre usuários de peruas, 52%, de ônibus e 50%, de Metrô.
 

O rodízio estendido está sendo estudado pela Prefeitura de São Paulo, no entanto, ainda não há nenhuma decisão sobre a adoção da medida pela administração municipal e eficácia da mudança.
 

Na semana passada, a vice-prefeita Nádia Campeão, comentou o assunto. “Não tem nenhuma decisão sobre isso no âmbito da Prefeitura de São Paulo. O que existe é em nível de estudo dessa medida, do impacto que tem essa medida, assim como outras que tem em estudo no âmbito da Secretaria de Transportes”, disse ela, após ser questionada sobre a possibilidade da medida virar permanente.
 

Rodízio ampliado
 

Outra medida estudada pela Prefeitura para diminuir a lentidão, o rodízio ampliado em mais 371 km de extensão de avenidas e ruas em 35 eixos viários, não deve sair do papel. A medida foi anunciada em janeiro deste ano pela Prefeitura e prevista para entrar em vigor até o mês de abril.
 

Neste modelo, aumentaria a restrição das vias de circulação além da área Central da Cidade. No entanto, o horário adotado atualmente não seria modificado.
 

As dificuldades enfrentadas para ampliar o rodízio em mais 400 vias arteriais da cidade, além dos 150 km de extensão já existentes no Centro expandido, vão além da instalação de radares para fiscalizar os motoristas infratores e da pintura de faixas e sinalização vertical.

Segundo Haddad, simulações feitas em computadores devem comprovar a eficácia da ampliação da restrição. “Tem gente que conclui que o impacto inicial existiria, mas a médio prazo ele se perderia”, justificou. “Se a conclusão for de que o efeito a médio prazo é pequeno, talvez não justifique a medida”, alegou Haddad.


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