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20 de Março de 2018 – 15h28 horas / Alfred Szwarc

Alfred Szwarc*

 

O ARLA 32 é um produto necessário ao controle da poluição da maioria dos caminhões P7/Euro 5 produzidos a partir de 2012. Para não comprar gato por lebre, pois existem produtos piratas no mercado, vale alguns cuidados. Ao adquirir o ARLA 32 é recomendável observar se o recipiente plástico apresenta tampa com sinais de violação, furos, rachaduras ou se está excessivamente amassado. A presença desses sinais deve manter o consumidor longe do produto.

 

Também é importante verificar se o rotulo apresenta impressão nítida e se contêm o selo do INMETRO e informações sobre o produto e o fabricante. Além disso, em caso de dúvida, é recomendável avaliar uma amostra para ver se o cheiro não é diferente do normal e se existem sinais de impurezas, manchas de óleo ou qualquer tipo de coloração, características que não devem ser observadas em produtos de boa qualidade. Se o ARLA 32 estiver sendo comercializado diretamente de tanques, valem as mesmas dicas quanto à aparência e cheiro.

 

Existem diversas marcas no mercado, certificadas pelo INMETRO, e que podem ser consumidas com segurança, como o Flua Petrobras, o Shell Evolux Arla 32, o Air 1 (da Yara), o Ipiranga Arla 32, o Blue DEF (da Peak) e o Blue Air (da Usiquímica). Trata-se de produtos fabricados por empresas sérias, com ureia de altíssima pureza e água desmineralizada. Substâncias caseiras ou de origem duvidosa não devem ser usadas. São geralmente feitas com ureia comum, de uso agrícola, e água de rede ou de poço e, portanto, não atingem os níveis de qualidade exigidos. Contêm impurezas que irão causar danos permanentes ao catalisador do veículo e causar perda da garantia, além de não cumprir a sua função, pois ocorrerá aumento da poluição gerada pelo veículo.

 

Uma pequena economia no uso do ARLA 32 não é lucro, mas prejuízo certo. Além do dano ao veículo, é a saúde das pessoas que respiram os gases do motor que sofre mais. A conta milionária das doenças causadas pela poluição do ar é enorme e toda a população é prejudicada, principalmente as crianças e os idosos. Nunca é tarde para lembrar que a fraude no uso do ARLA 32 expõe o transportador ao risco de multas e perda de pontos, além do transtorno de ter o veículo retido pelas autoridades policiais.

 

* Colunista da revista O Carreteiro.


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