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20 de Dezembro de 2017 – 02h52 horas / Agência Brasil

Foi inaugurada na terça (19/12) a duplicação do trecho da Serra do Cafezal, na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), principal corredor logístico entre o Sudeste e a Região Sul e países do Mercosul. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, ressaltou o simbolismo da entrega da obra, que facilitará também o comércio e a exportação por meio dos portos de Paranaguá e Santos.

 

“Essa estrada, que foi até hoje conhecida como estrada da morte, será a estrada da vida. Vai trazer crescimento, emprego, comércio, melhorar a qualidade de vida de toda a população”, declarou o ministro. Dados da concessionária da rodovia apontam que 88 pessoas morreram em acidentes no local durante o ano passado. Em 2010, o número de mortos chegou a 196.

 

O trecho inaugurado faz parte da concessão do Grupo Arteris e as obras tiveram custo de R$ 1,3 bilhão. São 30,5 quilômetros de extensão entre os municípios de Juquitiba e Miracatu, no estado de São Paulo, incluindo três pontes, quatro túneis, 36 viadutos e duas passarelas para pedestres, além de passagens de travessia para animais. Por dia, 127 mil veículos utilizam a Régis Bittencourt, sendo que 60% são caminhões.

 

Moreira Franco avalia que a inauguração é uma prova de que as concessões funcionam. “Quando nós convocamos o investimento privado que quer, em vez de realizar simplesmente obras, conceder um serviço de qualidade a preço barato, funciona, dá resultado”, acrescentou.

 

Demora

O ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Maurício Quintella, disse que a demora para a entrega da obra, que teve início em 2010, se deveu, principalmente, a dificuldades para obtenção de licenciamento ambiental. “Grande parte do atraso se dá pelo fracionamento de licenças ambientais. Estamos nas vésperas de apreciar uma nova lei de licenciamento ambiental, lei moderna que vislumbra o crescimento”, declarou.

 

Para o ministro, a questão das licenças ambientais é um entrave para atrair investimentos privados. “O país ainda investe muito pouco em infraestrutura, tem gargalos gigantescos. O Brasil investe menos de 2% do seu Produto Interno Bruto em infraestrutura”, disse.


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