Em 2013, só o Brasil supera média de arrecadação fiscal na AL, diz OCDE
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11 de Março de 2015 – 05h02 horas / France Presse

A arrecadação fiscal na América Latina e Caribe se manteve estável entre 2013 e 2012, mas continua sendo baixa em comparação aos países-membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), disse o órgão em relatório. O Brasil, com 35,7% de arrecadação sobre seu PIB, é o único país da região acima da média da OCDE. O percentual mais baixo é o da Guatemala, com 13%.

Na região, as receitas fiscais sobre o PIB chegaram a 21,3% em 2013 em comparação aos 21,2% em 2012, o que se explica "pelo esforço dos países da América Latina de diversificar os impostos", afirmou à AFP Angel Melguizo, representante da OCDE.

A média das receitas fiscais sobre o PIB subiu no período entre 2009 e 2012 de 19,5% para 21,2%.

"Já não é uma região que taxa apenas o consumo. Tem havido cada vez mais um fortalecimento do imposto sobre a renda das pessoas físicas", acrescentou Melguizo, após apresentar um relatório sobre estatísticas tributárias da região nesta terça-feira (10) na sede da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), em Santiago.

Melguizo apontou redução na América Latina da desigualdade em relação aos 34 países da OCDE, considerados os mais ricos do mundo, com receitas fiscais sobre o PIB, de 34,1% em 2013. Para 2014, ele acredita que as receitas dos tributos na América Latina serão menores por causa do recuo do crescimento econômico, que para a OCDE será em torno de 1%.

O México teve uma arrecadação de 18,9%, o Chile de 20,2%, a Argentina de 31,2%, a Bolívia de 27,6%, o Uruguai de 27,1%, a Costa Rica de 22,04%, a Colômbia de 20,1%, o Equador de 19,3%, o Peru de 18,3%, e a Venezuela de 14,2%.


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