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29 de Janeiro de 2016 – 05h18 horas / DC

O estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) apresentado nesta sexta-feira aos empresários, em Florianópolis, denuncia as péssimas condições da BR-282, principal rodovia do Oeste Catarinense.

Os serviços de manutenção feitos na rodovia estão aquém da necessidade e não garantem fluidez ao tráfego, colocando em risco a segurança dos usuários e a economia do Estado. A rodovia é a principal ligação aos portos de Santa Catarina e há pelo menos 10 anos aguarda pela duplicação. Os dados levantados serão a base de uma reunião entre os dirigentes da Federação e o Ministério dos Transportes ainda no mês de fevereiro.


Cerca de 70% das obras federais em SC estão atrasadas com cronograma comprometido, paradas ou com problemas de projeto, a Fiesc em alinhamento com Fórum Parlamentar tem cobrado junto as autoridades, como Ministério dos Transportes e Dnit. No nosso entendimento SC tem que tomar uma atitude mais ostensiva, estamos dando subsídios tanto para o governo como as representações políticas atuarem, temos fundamentos para exigir e cobrar que SC tenha um tratamento melhor em relação a sua infraestrutura_afirma o presidente da Fiesc, Glauco Cortê.


Para a elaboração do estudo engenheiros percorreram a BR-282 durante o mês de novembro. Segundo o levantamento, há trechos com afundamento, desagregação e recalques na pista, causados pela falta de manutenção, restauração e conservação da rodovia, que liga o Extremo-Oeste ao litoral catarinense.


O trabalho, que tem apoio do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), também faz um panorama da situação das BRs 163 e 158. Segundo a Fiesc, faltam novas frentes de trabalho, já que as obras existentes se encontram em um ritmo lento e não contemplam todo o trecho.


Em 2012 o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) incluiu no Contrato de Reabilitação e Manutenção de Rodovias (Crema 2ª etapa) obras nos 193 quilômetros entre o acesso a Chapecó e São Miguel do Oeste; Maravilha a Iraí e São Miguel do Oeste a Dionísio Cerqueira. Passados dois anos e meio, o contrato foi rescindido sem a realização das restaurações, terceiras faixas, acostamentos e sinalizações previstas.


O Crema previa para a BR-282 a implantação de 43 quilômetros de terceiras faixas para garantir maior segurança aos usuários, mas nenhum quilômetro foi executado. A empresa contratada limitou-se a fazer operação ¿tapa-buracos¿ e roçadas na estrada. Enquanto isso, o pavimento foi se deteriorando.


No início de 2015 uma nova companhia foi contratada. Porém, o novo contrato não contemplou as obras previstas no Crema, como terceiras faixas. A empresa atual tem três contratos em andamento que preveem obras como recuperação do pavimento nos seguintes trechos: do acesso a Chapecó até São Miguel do Oeste (BR-282); de Maravilha a Iraí (Rio Grande do Sul BR-158) e de São Miguel do Oeste até Dionísio Cerqueira (BR-163).


Segundo o levantamento da Federação, a empresa tem executado obras de qualidade, contudo, há somente uma frente de trabalho, em Maravilha, quando seriam necessárias pelo menos mais quatro frentes.


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