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16 de Novembro de 2015 – 04h06 horas / NTC&Logística

A inovação e investimentos em tecnologia são os principais trunfos das empresas do setor de transporte rodoviário de carga contra a crise que atinge o país. De peças a motores aos freios, praticamente tudo está mais sustentável para que o setor economize tanto com o combustível quanto com a manutenção dos caminhões.

 

Estratégias para a redução do custo foi o mote da Fenatran, salão bienal internacional do transporte rodoviário de carga, que terminou ontem, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na Zona Norte.

 

 

A ParkerHannifin, especializada em tecnologia de movimento e controle, apresentou nova transmissão de distribuição de potência hidráulica.

 

“Esta peça traz otimização do motor e recupera energia de frenagem para fornecer um desempenho melhor e com até 50% de economia de combustível”, explicou o gerente de desenvolvimento de negócios da empresa, Renato Crocce.

 

Alguns caminhões estão em fase de testes e devem rodar durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

 

A Frum apresentou tambores de freios mais leves. “A nova liga, com mais tecnologia,menos peso e coeficiente de atrito,gera economia no desgaste e também poupa combustível”, contou Renan Putini, gerente de marketing.

 

CAMINHÕES

As montadoras também trouxeram novidades. A DAF lançou o CF85 nas versões 4×2 e 6×2, e potências 360 e 410 cavalos. Outro lançamento é a cabine Super Space, com 2,10 metros. “Traz mais conforto, descanso e segurança para o caminhoneiro”, ressaltou Luis Gambim, diretor executivo comercial da empresa.

A Volvo é outra com uma nova linha de caminhões, mais fortes e com conectividade.“Eles vêm com funções e reduzem o consumo de combustível”, informou a montadora sueca, em nota.

 

ENTREVISTA

O empresário José Hélio Fernandes, presidente da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), acredita que, apesar da crise, o momento do setor de transportes no país é promissor e no ano que vem deve retomar o crescimento.

DIÁRIO_ Como o senhor avaliou a Fenatran desse ano?

JOSÉ HÉLIO FERNANDES_ Foi surpreendente. A Fenatran é uma marca muito forte e os expositores estão muito contentes com o resultado. Nesse ano, a feira foi voltada para quem realmente está interessado em fazer negócios no setor.  Ao conversar com diretores das empresas todos estavam otimistas, pois tinham várias visitas marcadas para negócios no início de 2016.

 

Qual a expectativa para o evento em 2017?

Estamos passando por grandes mudanças na legislação, que dão mais segurança aos motoristas, maior estabilidade jurídica ao setor e assegura bastante visibilidade para o mercado em geral. Por isso, acreditamos que em 2017, com a economia já reagindo, teremos uma Fenatran muito maior não só em termos de público, mas também no volume de negócios realizados.

Há expectativa de mudança no modelo de empresa de transportes nos próximos anos?

Sim. Grandes empresas nacionais e multinacionais estão adquirindo veículos menores. Isso mudará bastante o perfil do setor em médio prazo. Nos próximos 10 anos veremos várias mudanças nesta área, com empresas fortes e organizadas.

 

A infraestrutura viária também foi debatida no evento?

A NTC tem uma luta intensa pela melhora da infraestrutura no Brasil inteiro, que deixa muito a desejar. Estamos apostando muito nas últimas concessões realizadas e que atingem região do Centro Oeste, corredores importantes no escoamento de safras como a de soja.


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