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30 de Outubro de 2018 – 14h20 horas / CNT

A malha das rodovias concedidas apresentou melhorias no estado geral entre 2017 e 2018. É o que aponta a 22ª Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte na última semana. Segundo os dados, enquanto neste ano as rodovias tiveram 81,9% de classificação ótima ou boa no estado geral, no ano passado, essa avaliação foi de 74,4%, diferença de 7,5 pontos percentuais. As rodovias concessionadas apresentaram avaliação superior às vias públicas federais, que tiveram somente 34,2% da malha classificada como ótima ou boa.

 

Além disso, nas três variáveis analisadas pela Pesquisa CNT de Rodovias, o desempenho da malha administrada pela iniciativa privada foi melhor. O pavimento teve 79,1% de classificação ótima ou boa contra 42,2% da mesma avaliação nas rodovias públicas federais. Na sinalização, os resultados foram de 91,1% das rodovias concedidas classificadas positivamente ante os 47,3% das rodovias geridas pela União. Na geometria da via, a classificação positiva da malha privada foi de 41,2% contra somente 20,4% nas rodovias públicas.

 

Outro resultado que mostra melhor performance das rodovias administradas pela iniciativa privada foi o investimento feito pelas concessionárias. Em 2017, as empresas investiram R$ 6,7 bilhões na malha privada para um total de 19 mil km de rodovias. O governo federal, por sua vez, desembolsou R$ 7,9 bilhões para pouco mais de 56 mil quilômetros de vias. Isso significa que o investimento por quilômetro foi de cerca de R$ 352 mil para as rodovias concessionadas contra R$ 141 mil para as vias públicas federais.

 

“Está claro que as concessionárias vêm investindo, proporcionalmente, bem mais que o governo federal nas rodovias. O resultado se comprova na qualidade oferecida aos usuários, sobretudo nas variáveis pavimento e sinalização. A iniciativa privada é essencial para alavancar a infraestrutura de transporte no país”, considera o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.

 

Manutenção rodoviária

Na intenção de atrair cada vez mais a iniciativa privada para projetos de infraestrutura de transporte, a CNT propõe a criação de um programa de PPPs (Parcerias Público-Privadas) voltado exclusivamente para manutenção rodoviária. Para viabilizá-lo, o governo usaria recursos da Cide-combustíveis (tributo pago por contribuintes que abastecem seus veículos). O valor financiaria a contrapartida do Estado. Por outro lado, o usuário pagaria pedágios nas rodovias públicas federais mantidas pelo programa. As praças teriam distâncias menores do que as praticadas atualmente nas rodovias concessionadas, de forma que os valores unitários desembolsados pelos motoristas também seriam menores.


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