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07 de Março de 2018 – 17h01 horas / ParanaShop

O mercado de galpões logísticos deve crescer na Região Sul em 2018, com potencial de absorção bruta em torno de 145 mil metros quadrados, um crescimento previsto de 30% em relação a 2017. A previsão é da NAI Brazil. Segundo estudo da consultoria, com a inflação sob controle e a economia ensaiando uma sensível recuperação, o varejo já dá sinais de melhora e é possível prever redução da vacância. O setor deve recuperar parte das perdas, mesmo com forte pressão dos clientes para que as empresas de condomínios logísticos baixem o preço.

 

“Se tudo ocorrer como estamos prevendo, o mercado de galpões do Sul deve voltar a crescer, sem receber volume elevado de novo estoque, fazendo com que a disponibilidade se mantenha estável com viés de queda”, diz Rogério Luz, gerente nacional da NAI Brazil. Concessões como prazo de carência para pagamentos e descontos regressivos devem ditar os negócios. “Conforme o ciclo, o inquilino ainda terá mais poder de barganha mesmo com uma perspectiva de retomada da economia”, explica.

 

Desempenho

A Região Sul terminou 2017 com um valor médio pedido por metro quadrado de R$ 17,08 ante R$ 16,55 no mesmo período em 2016. A absorção bruta foi de 120 mil metros quadrados em 2017 ante 224 mil metros quadrados em 2016. Já a absorção líquida foi de 88 mil metros quadrados, conta 109 mil metros quadrados em 2016.

 

Cenário nacional
Ainda que o primeiro semestre de 2017 tenha registrado pouca movimentação, a segunda metade do ano mostrou números animadores, que projetam cenário melhor para 2018, de acordo com a NAI Brazil. A expectativa é de que em dois anos a relação entre demanda e oferta esteja mais equilibrada.

 

A absorção bruta em 2017 ficou 24% abaixo do que foi registrado em 2016. A disponibilidade já esteve maior e foi sendo reduzida ao longo do ano, mas encerrou 2017 nos mesmos patamares de 2016, próximo a 26%. “Mesmo que a entrega de novos empreendimentos tenha sido menor se comparada aos anos anteriores, a absorção líquida não evoluiu no mesmo ritmo e foi determinante para manutenção da disponibilidade ainda em patamares elevados”, informou o gerente nacional da NAI Brazil, Rogério Luz.

 

Ainda de acordo com Luz, o valor médio pedido por metro quadrado, no país, foi de R$ 19,03, ante R$ 19,29 no trimestre anterior. No estado de São Paulo, o preço pedido passou de R$ 18,65 para R$ 19,18. A absorção bruta no mercado paulista foi de 900 mil metros quadrados, e a líquida, de 368 mil metros quadrados. Foram entregues 58 mil metros quadrados no estado de outubro a dezembro. A vacância ficou em 27%, abaixo dos 28,8% do fim de outubro.


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