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16 de Outubro de 2014 – 05h16 horas / O Diário de Mogi

Instalar um pedágio municipal na Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98), na altura de Biritiba Ussu, não é viável, segundo especialistas, motoristas, moradores e comerciantes ouvidos por O Diário. A sugestão de tarifar o tráfego na estrada para placas de fora do Município foi novamente apresentada pelo vereador Olímpio Tomiyama (PSC) em sessão ordinária da última terça-feira. Segundo especialistas, a própria legislação impediria a implantação das praças, já que o Programa de Concessões Rodoviárias, do Ministério dos Transportes, orienta, por exemplo, a implantação delas apenas em vias duplicadas, o que não é o caso da SP-98.

 

Durante os finais de semana e feriados prolongados, a rodovia recebe grande fluxo de veículos. Os motoristas chegam a enfrentar seis horas de congestionamento na estrada que liga São Paulo ao Litoral Norte. O problema prejudica, principalmente, os moradores de bairros como Vila Moraes e Biritiba Ussu. Para tentar diminuir o volume de automóveis, o vereador sugere a instalação de um pedágio que só seria cobrado de motoristas de fora da Cidade. Entretanto, mesmo quem mora à beira da rodovia não aprova a ideia. “Acredito que será mais transtorno porque além de eu pegar trânsito, terei que esperar a fila do pedágio. Não acho nem um pouco viável. Ninguém deixa de viajar porque vai pegar pedágio”, defendeu o aposentado João Euclides da Silva.
 

O comerciante Leandro Franco dos Santos acredita que é preciso apostar na ampliação da estrada e abertura de novas vias para acesso aos bairros sem passar pela Mogi-Bertioga. “Há formas de melhorar o trânsito sem a instalação do pedágio. Tem a duplicação, que é mais complexa, mas podem ser abertas novas ruas para que os moradores passem pelos bairros, evitando a rodovia. Sou a favor da instalação porque, aos finais de semana, não consigo ir para casa sem pegar trânsito”, disse a atendente Rose Cristina Soares.


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