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08 de Setembro de 2016 – 04h39 horas / CNT

Pesquisa encomendada pela Arteris, uma das maiores companhias de concessões rodoviárias do Brasil, aponta que os motoristas brasileiros adotam condutas de risco ao volante. Apesar disso, não reconhecem que elas são perigosas e tornam o trânsito mais inseguro.

 

O estudo tem dados preocupantes. Ao serem perguntados sobre o tema álcool e direção, 26%, ou seja, um em cada quatro condutores reconheceu pegar o carro depois de beber. O comportamento é mais frequente entre os homens (30,7% contra 18,3% de mulheres) e entre motoristas com menos de 45 anos (28,5%).

 

Além disso, quase metade (48,7%) disseram que desrespeitam limites de velocidade, outra atitude mais comum entre jovens. “Quando analisamos por faixa etária, mais de 90% dos motoristas com até 30 anos de idade falam que andam acima da máxima permitida nas vias”, relata o gerente de operações e coordenador do Grupo Estratégico de Redução de Acidentes da Arteris, Elvis Granzotti.

 

O uso do celular ao volante é outra atitude perigosa admitida pelos motoristas: 51,8% dos entrevistados na pesquisa relataram que, por vezes, mexem no equipamento enquanto estão dirigindo. Entre as mulheres, outro número chamou a atenção: quase 20% admitiram que se maquiam no trânsito.

 

Para 68,9% dos entrevistados, o trânsito brasileiro é perigoso. Enquanto isso, 60,5% disseram que sempre respeitam as leis e, desses, 30% admitem ter sido multados nos últimos 12 meses. Segundo Granzotti, a análise dos dados revela que os motoristas pensam que o risco de acidentes está no ambiente externo, não nas próprias atitudes. “A maioria não se sente parte do problema da insegurança. Eles imaginam que, se adotam esses comportamentos algumas vezes, não é tão irregular assim. Ou seja, reconhecem que são comportamentos de risco, mas não se imaginam fazendo parte do problema”, explica.

 

Na avaliação da Arteris, os resultados apontam para a importância da conscientização dos condutores. O levantamento, executado pela empresa Limite Consultoria e Pesquisas entre 15 e 26 de agosto, ouviu 1.030 pessoas.


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