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08 de Setembro de 2015 – 05h11 horas / G1

O Ministério Público (MP) instaurou inquérito para saber de quem é a responsabilidade para a instalação de uma terceira faixa na rodovia Washington Luiz entre São José do Rio Preto e Mirassol. Segundo a promotoria, a quantidade de mortes e de veículos registrados no trecho são suficientes para que a Washington Luiz seja alargada.

Nos primeiros seis meses deste ano, a Polícia Rodoviária Estadual registrou quase 250 acidentes só neste trecho, que liga Rio preto a Mirassol, onde 133 pessoas ficaram feridas e cinco morreram.

A professora Maria Patrícia Sanson Ferreira mora em um condomínio justamente neste trecho e a única entrada para o local é pela rodovia Washington Luiz. Ela reclama da dificuldade de sair e entrar em casa. “A dificuldade é muito grande, principalmente quando saio para levar meu filho para escola e ao retornar no final do dia, sem dizer na hora do almoço. O trânsito é intenso, mas é por causa da grande fila que se faz”, diz. Quem mora do outro lado da rodovia, no sentido Mirassol/Rio Preto tem as mesmas queixas. O engenheiro civil Tony Ricardo Pelinson diz que sai de casa às 6h30 e volta no fim da tarde, no horário de pico, e chega a levar 45 minutos para percorrer o trecho.

De acordo com o tenente César Augusto Silva, da Polícia Rodoviária, foi encomendado um estudo para a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para saber qual a melhor opção a ser feita no local, pois em algumas cidades com caso parecido foi criada uma faixa adicional e em outras foi feita uma marginal.

O promotor de Justiça Cláudio Santos de Moraes instaurou inquérito civil para saber se há algum estudo sendo feito para a implantação da terceira faixa na rodovia. Ele diz que pediu o levantamento para a Secretaria Estadual de Trânsito, que passou a ‘vez’ para a Artesp. “Como a rodovia é estadual, o Estado é obrigado a resolver este problema, independentemente de qual seja a concessionária da rodovia, a obrigação é do Estado implantar”, afirma.

A promotoria aguarda uma resposta da Artesp para saber se vai ou não cobrar o Estado na Justiça. O Governo do Estado estuda uma proposta da concessionária que administra a rodovia. As mudanças seriam feitas nas marginais e a intenção é tirar o trânsito local da estrada. A viabilidade e o custo do projeto serão avaliados pela Artesp.


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