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30 de Setembro de 2014 – 04h33 horas / G1

O número de empresas que fazem entrega de refeições e alimentos congelados aumentou 15 vezes nos últimos cinco anos. É um crescimento que indica uma mudança no comportamento das pessoas.

Rosângela estica e puxa a mesma receita há 26 anos. Entre seus muitos doces caseiros, a balinha de coco é o maior sucesso. Mas as entregas viraram um desafio por causa do trânsito lento e das distâncias. Problema só resolvido pelo motoboy.

“Eu ligo, estou precisando que entregue uma bala em tal lugar, meia hora depois, uma hora, ele está chegando para entregar, então facilita muito”, conta a doceira Rosângela Loureiro.

Salles transporta os doces de Rosângela e encomendas de outros clientes. “O dia é corrido, muita entrega”, diz.

Já em uma empresa de comida congelada, o transporte não pode ser feito de moto. Milhares de bandejas são empacotadas e levadas na carroceria refrigerada do caminhão. O boom dos serviços de entrega também foi um ótimo negócio. “Nós tivemos que comprar caminhões, antigamente eram só carros, agora nossa frota são três caminhões, quatro carros para atender a demanda”, conta a empresária Adriana Carpegiani.

Os pedidos chegam no call center. E no dia seguinte, o produto está na casa do cliente.

Segundo o Sebrae, o número de empresas que entregam comida pronta em casa aumentou quase 15 vezes em cinco anos. A psicanalista Lúcya Tonini, por exemplo, diz que aderiu a esse tipo de serviço porque a confiança na qualidade desse tipo de comida também aumentou. “Tem mais opções, tem mais variedade, a concorrência é grande entre eles, a gente acaba sendo beneficiado”, comenta.

Em 2007, o Rio de Janeiro tinha 143 empresas que entregavam alimentos preparados. Em 2012, já eram quase 10 mil. O maior crescimento do país. Minas Gerais já tem mais de 5 mil empresas. E São Paulo está no topo da lista com mais de 18 mil.
“A urbanização faz com que as pessoas tenham cada vez menos tempo de se dedicar a uma atividade de preparo doméstico da sua alimentação e busquem portanto a aquisição de um alimento mais saudável, preparado de uma forma mais convencional, mas que elas possam levar para a casa ou para o ambiente de trabalho e ali fazer a sua refeição”, afirma o gerente de comércio e serviço do Sebrae, Juarez de Paula.


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