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16 de Fevereiro de 2016 – 05h48 horas / A Tribuna On-line – Santos/SP

As obras da Avenida Perimetral da Margem Direita do Porto de Santos, no trecho entre o Macuco e a Ponta da Praia, começarão ainda neste mês. A ordem de serviço para o início dos trabalhos foi assinada no sábado (13), durante visita do ministro dos Portos, Helder Barbalho, ao cais santista. O empreendimento custará R$ 72 milhões aos cofres públicos.


As intervenções desta fase da Avenida Perimetral visam a adequação das avenidas Governador Mário Covas e Ismael Coelho de Souza, que é a via portuária interna. Também está prevista a construção de dois viadutos, que têm como objetivo eliminar o conflito rodoferroviário e agilizar o acesso aos terminais portuários localizados na Ponta da Praia.


A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a construtora Cappellano – responsável pelo serviço – definirão, amanhã, o cronograma de início das obras. De acordo com o diretor-presidente da estatal, José Alex Oliva, as equipes de engenharia se reunirão para definir quais serão as primeiras frentes de trabalho do empreendimento.


“Queremos fazer intervenções com o menor impacto possível para a Cidade. Então, nós vamos fazer uma estratégia, ver os locais e fazer uma segregação para não ter grandes impactos e não trazer tumulto. Nós temos agora o Plano Safra, que vai vir junto. Então, temos que conciliar a logística do Plano Safra, o canteiro de obras e a intervenção na Cidade. É um trabalho que requer um pouco de cuidado”, destacou o executivo. 


A autorização para a ordem de serviço foi expedida quase um ano após a conclusão da licitação para a contratação da obra. No ano passado, a Secretaria de Portos (SEP) disponibilizou apenas R$ 10 milhões para os trabalhos, mas os recursos não foram utilizados, pois precisava do licenciamento ambiental da obra.


“Nós temos um planejamento de execução correspondente ao prazo do contrato, que é de 30 meses. Dentro desse prazo, de acordo com as medições e a execução correspondente, nós vamos disponibilizar os recursos para garantir que a obra não pare”, destacou o ministro.


Barbalho destacou a importância do empreendimento para o Porto e para a Cidade. “Certamente esta é uma obra que permitirá facilitar o tráfego de cargas, compatibilizando modais, com intervenções importantes como a construção dos viadutos, mas é também um empreendimento que trará maior organização urbana. Santos, que sedia o maior porto do País, merece o bem-estar do cidadão, contando, através de iniciativas como esta, a possibilidade de garantir a cada cidadão uma melhor qualidade de vida e retribuindo à cidade o protagonismo que seu porto tem”, destacou o ministro.

Obra

A obra é dividida em três partes. A primeira é a construção dos viadutos (de entrada e de saída) e dos pontilhões ferroviários. Em seguida, está previsto o remanejamento de interferências e a revitalização da Avenida Mário Covas. Já a terceira parte será a readequação da atual Avenida Ismael Coelho de Souza (dentro da área portuária) com a relocação dos ramais ferroviários.

O viaduto de entrada parte do terreno antes ocupado pela empresa de transportes Lloydbratti, na pista sentido Ponta da Praia, da avenida Mário Covas. Ele passará sobre o Pátio de Contêineres do Armazém XXXVI, até atingir o trecho atualmente ocupado pelo pátio ferroviário e pela Avenida Ismael Coelho de Souza, que se tornará área adensada às instalações da Libra Terminais. O viaduto de saída segue contíguo ao de entrada, saindo da área interna do Porto e fazendo o desemboque na pista da avenida Mário Covas, sentido Macuco.


Com a implantação desse complexo de viadutos será segregado o tráfego rodoviário entre veículos de contêineres e de grãos e farelo. O equipamento terá duas faixas de rolamento em cada sentido e vão com altura de 6,75 metros.


Todo o tráfego que segue em direção à Libra Terminais será absorvido pelos viadutos, mantendo-se na avenida Mário Covas o trânsito dos veículos que demandam ao Corredor de Exportação. A via passará por uma completa reurbanização, com reforma do pavimento, nova iluminação e paisagismo, enquanto a avenida interna será mantida desde as instalações da Capitania dos Portos até o Armazém 33.


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