A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a condenação de oito pessoas, sete empresas e da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional (Abreti) por pratica de cartel no mercado de frete aéreo e marítimo.
Segundo a superintendência, o cartel ocorria no agenciamento de frete, que é o aluguel de espaços em empresas transportadoras e a revenda desses espaços para quem precisa transportar bens.
Até a última atualização desta reportagem, o G1 ainda não havia conseguido contato com a Abreti.
De acordo com o Cade, a conduta ocorreu no Brasil e na Europa e já foi condenada na União Europeia, Estados Unidos, Japão, Suíça, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
A investigação apontou que as empresas adotavam práticas que restringiam a negociação de preços. Segundo o Cade, as companhias investigadas também agiram para constranger a transportadora VarigLog, quando a empresas tentou atuar diretamente junto aos clientes, sem a intermediação dos agenciadores.
A recomendação da Superintendência-Geral será agora analisada pelo Tribunal do Cade, que dará a decisão final. A condenação envolve multas de até 20% do valor do faturamento bruto das companhas e, no caso das pessoas, as multas podem ir de R$ 50 mil a R$ 2 bilhões.
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