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27 de Maio de 2016 – 02h38 horas / NTC

No último dia 24/05, com mais de 70 participantes, o diretor de Operações da Cidade na Empresa Olímpica Municipal, Leonardo Maciel, apresentou todo o planejamento da Prefeitura do Rio de Janeiro para os Jogos de 2016.

Na abertura do evento, José Hélio Fernandes, presidente da NTC&Logística, falou da preocupação dos empresários do transporte rodoviário de cargas nesse período. “É importante nos reunirmos hoje, e agradeço a disponibilidade do Dr. Leonardo para a palestra, porque sabemos que o consumo sobe muito nesse período. Assim, com a cidade dependendo do abastecimento e a necessidade de equilibrar as restrições urbanas de trânsito, precisamos encontrar maneiras de amenizar os transtornos”, comentou.

Para Eduardo Rebuzzi, presidente da FETRANSCARGA, quem mora no Rio de Janeiro ou trabalha na região, já vem vivendo um momento de dificuldade, mas entende que sediar o evento é também motivo de orgulho. “Estamos ansiosos desde que o Rio foi escolhido como sede das Olimpíadas, concorrendo com cidades como Tóquio e Chicago, mas vemos que a capital está passando por muitas mudanças, está um caos atual para trabalhar. Apesar disso, sabemos que muitas obras agora, acontecendo ao mesmo tempo, também significam um legado para depois do evento”, afirmou.

Advogado por formação, Leonardo Maciel já tem um histórico de eventos esportivos, como Jogos Pan Americanos, Copa das Confederações e outros, mas afirma que essa será a última agenda positiva do Brasil. “Sou entusiasta do nosso país e da nossa cidade, quero que o evento seja um sucesso. Para isso, a primeira etapa é causar a sensação de pertencimento e reverter a incredulidade do próprio brasileiro. Para mim, carioca é quem gosta do Rio, não só quem nasceu lá. E nossa cidade tem um histórico muito importante de grandes eventos, além de ser o maior Carnaval e Ano Novo, mas essa é a oportunidade de mostrar o que temos de bom”, explicou.

De acordo com Maciel, todas as obras estão em dia e a cidade está financeiramente organizada, além de ser o investimento mais barato da história dos Jogos em instalações esportivas. O palestrante ressaltou ainda que quando começarem as Olimpíadas todas as obras terão terminado e essas serão um benefício para a cidade e moradores, porque para cada real investido nas instalações para atletas, calculam-se cinco reais de legado em obras. Alguns projetos como a Linha 4 do metrô não era um projeto olímpico, mas saiu em virtude disso, e a promessa é que não exista “elefante branco” pós-evento, pois todas as instalações ou serão aproveitadas ou são modulares e permitirão novos projetos como escolas e Centros de Convenções.

Com relação à logística nesse período, Maciel alertou os presentes que a primeira semana olímpica e as duas que a antecedem, são os momentos mais tensos para essa adaptação de rotinas. Por questões de preparo para prova de ciclismo, movimento de 450 ônibus para levar atletas para a abertura e voltar, compromisso dos estadistas e muito mais. O desafio logístico é grande, e para isso, o planejamento é a palavra-chave, pois não haverá tempo para respiro, segundo ele.  Assim, a organização determinou as faixas dedicadas e prioritárias, e um novo polígono de carga e descarga.

 

A única adaptação da imagem acima é que, no período de 18/07 a 18/09, as empresas transportadoras poderão circular com VUCs (Veículos Urbanos de Carga) de 7,20m x 2,20m, medidas negociadas com o presidente da FETRASNCARGA. Vale ressaltar ainda que a Av. Brasil será proibida de circulação das 6h às 10h e das 16h às 21h, entre a Avenida Francisco Bicalho e o Viaduto de Realengo, com multa de até R$1.500.

Para entender mais sobre o tráfego diferenciado durante os Jogos e até sobre a Lei Pacote Olímpico e feriados, clique aqui.

 

Maciel terminou sua apresentação reforçando que o evento é para a cidade, para o país, e que devemos aproveitar da melhor maneira possível, mas que isso exige adaptação. “Precisamos pensar fora da caixa para encarar o momento. Nós já conseguimos o que queríamos: construir um plano a mil mãos, em conjunto com a sociedade civil, mesmo depois de muita divergência. Já mobilizamos as férias escolares para Agosto, e queremos reduzir em 40% o deslocamento casa-trabalho durante os Jogos Olímpicos, mas todo nosso plano de tráfego é passível de crítica, desde que seja agora, o quanto antes. Quando todo mundo se planeja, a gente ganha o jogo”, finalizou.

Rebuzzi acrescentou ainda que o comitê de crise das Olimpíadas contará com representantes do SINDICARGA e FETRANSCARGA para qualquer emergência.


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