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18 de Março de 2014 – 12h01 horas / Diário Catarinense

Uma fila de cinco quilômetros de caminhões estacionados no acostamento se formou na avenida Marieta Konder Bornhausen, que dá acesso ao Centro de Imbituba, no Sul do Estado. Alguns motoristas aguardam há cinco dias para deixar as cargas nas empresas de estocagem do Porto de Imbituba.
Em reunião com a Polícia Militar e a prefeitura, a administração do porto decidiu criar um sistema de senhas e abrir um pátio de triagem em um posto de gasolina próximo ao terminal.

Os motoristas vão ganhar senhas e deverão esperar pela vez de descarregar no posto de gasolina. A situação tem gerado protestos entre os caminhoneiros e transtornos para a população da cidade. A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) da região definiu a situação como caótica.

O caminhoneiro Márcio Flores levou três dias de viagem para chegar de Dourados, no Mato Grosso, a Imbituba e ainda teve que esperar desde sábado à noite para descarregar nesta segunda-feira. Ele contou que nestes três dias foi preciso aguardar no pátio de triagem do porto.

— Temos que ficar no pátio, porque na rua os guardas estão multando. O problema é que é preciso pagar para esperar no pátio — disse.

Márcio afirmou já ter perdido duas viagens de transporte em função da espera. Segundo ele, também, os caminhoneiros não receberam explicações do motivo dos atrasos.

O presidente do porto, Rogério Pupo, afirma que o problema se intensificou nesta segunda-feira, porque uma das empresas de armazenagem de soja teve recesso no feriado de Carnaval. Precisando abastecer o navio às pressas com o volume definido em contrato, a empresa provocou um acúmulo de movimentação de cargas.

Na reunião desta segunda-feira, ficou decidido também que a Polícia Militar vai reforçar a fiscalização e sinalização da avenida em que os caminhoneiros aguardam. Pupo acredita que o movimento vai começar a diminuir a partir desta terça-feira.


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