Prefeitura de Santos cobra obras de acesso ao Porto
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04 de Fevereiro de 2015 – 03h43 horas / A Tribuna

Depois de apertar o cerco contra os terminais de grãos localizados na Cidade, durante o escoamento da última safra agrícola, a Prefeitura de Santos foca esforços para a execução das obras de acesso ao Município, que beneficiarão o tráfego comercial com destino à Margem Direita do Porto de Santos. A administração também vai buscar maior participação nas decisões do complexo santista.

Estima-se que R$ 700 milhões serão gastos para remodelar as vias de acesso a Santos. O intuito é eliminar de vez o gargalo viário na entrada da Cidade, na chegada da Via Anchieta, evidenciado quando ocorrem congestionamentos, muitas vezes devido ao excesso de veículos em direção ao Porto.

Na parte da intervenção que diz respeito à Prefeitura, a licitação para executá-la já está em andamento. O prefeito Paulo Alexandre Barbosa considera urgente as obras de infraestrutura que beneficiarão o acesso ao cais.“Estamos fazendo a nossa parte. Cabe ao Estado e à União realizar também o que está acordado (remodelação do Viaduto da Alemoa), pois esperamos viabilizar ainda este ano”, explica, ao cobrar a parte dos investimentos previstos para cada um dos envolvidos.

Outra intervenção considerada prioritária pelo chefe do executivo santista é a que envolve a passagem rodoviária subterrânea do Valongo, conhecido como Mergulhão (veja detalhes na matéria abaixo), que precisa arrecadar mais recursos. Em seguida, há a continuidade da Avenida Perimetral que, quando completa, poderá segregar os tráfegos portuário e urbano.

Gestão compartilhada

Paulo Alexandre, que também é presidente da Associação Brasileira de Municípios Portuários (ABMP), acredita ainda que o ano será decisivo para mostrar que a centralização do poder de decisão sobre os portos, em Brasília, não será benéfica. “Nós, cidades, podemos auxiliar na gestão, principalmente pelo Conselho de Autoridade Portuária(CAP)”.

Segundo o prefeito, a descentralização, que é uma tendência em outras regiões portuárias espalhadas pelo mundo, é considerada uma demanda geral, não só das cidades que possuem terminais portuários, como também pelos municípios impactados pelos portos.

Safra 2015

As manobras para conter os problemas ocasionados pelo escoamento da safra, até o complexo santista, surtiram efeito no ano passado. Por isso, a Prefeitura afirma que vai adotar a mesma postura que em 2014.
“Continuaremos fiscalizando os terminais. Se descumpriu regra, fez fila, vamos multar seja quantas vezes for preciso, pontuou”, afirmou Paulo Alexandre Barbosa.


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