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01 de Novembro de 2016 – 04h37 horas / Daniel Gobbi Costa

A implementação de um sistema de gestão e controle de processos, seja qual for, atualmente, é uma das prioridades de muitas empresas. Isto deve-se primeiramente a necessidade das empresas em efetuar uma melhoria contínua de sua competitividade, e consequentemente garantir processos confiáveis, seguros e ao menor custo operacional possível.

 

Dentro deste cenário, destacamos a figura do Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (OEA), um programa de Trade Compliance e Supply Chain Security, coordenado pela Receita Federal do Brasil, que orienta em sua estrutura de avaliação a necessidade da qualificação dos profissionais, para a obtenção de sua habilitação/certificação e manutenção. Seguindo assim a premissa de outros tantos programas de Sistema de Gestão como por exemplo os apresentados pelas Normas ISO (International Organization for Standardization).

 

Por este contexto, as empresas interessadas no processo de habilitação/certificação aos programas de Trade Compliance e Supply Chain Security devem estar orientadas para necessidade deste processo de envolvimento dos Recursos Humanos, para que assim possa alcançar seu objetivo. Neste ponto o Programa Brasileiro de OEA e as Normas ISO são claros ao determinar que, as empresas deverão garantir que seus colaboradores e parceiros comerciais conte não somente com as competências e a expertise, mas também com a tomada de consciência para os riscos das operações, pois como finalidade deverá se objetivar uma cultura organizacional focada no que tange à conformidade e a segurança dos processos.

 

Para que se alcance tal objetivo é imprescindível proporcionar momentos de formação, nos quais os colaboradores e parceiros conheçam os fundamentos das Normas e os requisitos de controle, que se forme equipes de Auditores Internos e que se revisem os pontos críticos das empresas tendo como ponto de partida a gestão de riscos. Este processo deverá ser tratado de acordo com as necessidades e estrutura da empresa.

 

Outro fator chave que contribui para a qualificação do pessoal é a realização de verificações internas periódicas que permitam potencializar as habilidades da equipe de auditores, determinar o nível de comprometimento e cumprimento dos requisitos do sistema de gestão e tomar ações corretivas antes que seja realizado um novo processo de verificação pelo organismo certificador. Estas atividades permitem conscientizar as pessoas que estão diretas ou indiretamente relacionadas aos processos a serem avaliados.
Com este tipo de iniciativa as empresas geram sinergia e consolidam seu Sistema de Gestão, garantindo desta forma a continuidade do mesmo e a cultura em cada uma das ações que se desenvolvem ao longo dos processos.

 

Finalmente é importante ter em mente que a qualificação das pessoas não pode se limitar ao processo inicial de implementação de um programa de gestão (certificação), pois tanto o conhecimento como o contexto empresarial estão em constante mudança. Por este motivo, uma importante parte do processo melhoria contínua e consolidação do Sistema de Gestão em médio e longo prazo centrados na qualificação das pessoas, processos estes que permitem determinar novos caminhos e identificar os riscos da empresa.

 

Daniel Gobbi Costa – Graduado em Administração de Empresas e habilitação em Comércio Exterior, com especialização nas áreas de Logística, Qualidade e Gerenciamento de Projetos. Atua desde 2007 em atividades de Auditoria e Consultoria nas áreas Logística e de Comércio Exterior participando de projetos de implementação e manutenção de controles internos, agora como Sócio/Responsável nas empresas Alliance Consultoria e Treinamento Empresarial e Innova Consultoria Empresarial e Qualificação Executiva. Professor da Devry do Brasil, unidade Metrocamp de Campinas.


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