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27 de Novembro de 2015 – 03h25 horas / Portal Transporta Brasil

Atrasar obras não é lá a coisa mais rara quando o contratante é o Governo Federal. Mas o canteiro da obra de continuação da Marginal Botafogo, em Gôiania, mereceu a visita do deputado Delegado Waldir (PSDB-GO), que solicitou a fiscalização dos trabalhos que estão em andamento há mais de 20 anos consumindo recursos públicos.

 


O político relatou que por lá, um engenheiro que coordenava o canteiro do consórcio CCB-Elmo, e preferiu não se identificar, disse que a empresa toca a obra com recursos próprios, esperando a liberação de recursos do Ministério da Integração Nacional. “Há uma previsão de que sejam liberados ainda neste mês, mas como está na estação de chuvas, devemos começar as obras mais pesadas em março”, disse.

 

Em empreendimento semelhante na Marginal Cascavel, apesar de obras recentes de canalização do córrego Cascavel, ainda inacabadas, não há sinal de trabalhadores, e o deputado acredita que seja a mesma situação. “São muitos recursos já gastos, o dinheiro do asfalto já veio, e agora esse dinheiro vai para o lixo”, disse.

 

As duas obras incluem a canalização dos córregos, drenagem e tubulações adjacentes, e a pista em si. Essa etapa de Botafogo está contratada por pouco mais de 24 milhões de reais, enquanto Cascavel deve consumir 59 milhões de reais.


Desapropriações


Outras obras ainda vão ser necessárias nos sentidos contrários nas duas marginais, além de um elevado de acesso à Marginal Botafogo. Essas obras ainda dependem de desapropriações, e serão novas licitações, assim como a um trecho da Avenida Leste-Oeste, em que 1500 metros separam uma parte já pronta da avenida de outra ainda a desapropriar.


A avenida foi planejada para passar por uma antiga linha de ferro, mas trechos onde a obra não foi feita foram invadidos. A avenida deveria ligar diretamente duas saídas da cidade, ligando o município de Senador Canedo e Trindade, ambas na região metropolitana de Goiânia, passando pelo setor industrial da cidade.

“Nós já fomos notificados, fomos chamados há três anos para assinar um termo na prefeitura, mas o dinheiro nunca saiu, e eles disseram para nós continuarmos aqui”, explicou Fernando Luz Rezende, dono de uma oficina mecânica que fica diretamente no caminho da avenida.


Auditoria nos contratos


A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle já pediu ao Tribunal de Contas da União uma auditoria nos contratos dessas três obras, e o Delegado Waldir quer o envolvimento da Polícia Federal, porque acredita que há indícios de que no passado recursos dessas obras foram desviados.


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