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09 de Maio de 2014 – 02h14 horas / Diário Web

Radar no município de Votuporanga, um dos sete aparelhos que começaram a ser instalados Duplicada pelo governo do Estado no começo deste ano, a rodovia Euclides da Cunha (SP-320) vai ganhar sete radares de velocidade, que começam a funcionar em junho. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) começou a instalar ontem os equipamentos sob alegação de que é preciso criar mecanismos a fim de obrigar motoristas a respeitar os limites e, com isso, tornar a via mais segura. Os radares fixos farão a fiscalização de velocidade em sete pontos distribuídos pelos 186 quilômetros de extensão da rodovia, com instalação prevista no município de Tanabi (altura dos quilômetros 477, 478, 479), Fernandópolis (km 551), Jales (km 583), Santa Fé do Sul (km 623) e Votuporanga (516). A velocidade máxima permitida para a via é 110 km/h para veículos leves e 90 km/h para veículos pesados.


O DER não informou em quais sentidos de fluxo serão instalados os radares, mas o Diário constatou ontem à tarde que, em Votuporanga, os aparelhos estavam sendo colocados nas duas pistas da SP-320. Questionado, o departamento não informou o custo para a colocação dos radares. O departamento afirma que o objetivo é reduzir os acidentes e mortes na rodovia. Um estudo foi feito dos pontos com maior número de ocorrências de excesso de velocidade. Foi com base nesses levantamentos – cujos números não foram divulgados ontem pelo DER, que foi definido o mapeamento dos radares. Os equipamentos ainda precisam ser homologados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).


Em reportagem ao Diário publicada em 2013, o engenheiro da USP de São Carlos especialista em trânsito José Bernardes Felex, já adiantava que pistas recém-duplicadas costumam ter mais acidentes nos primeiros meses de uso. “Isso aconteceu quando a rodovia Washington Luís foi duplicada, no fim dos anos 80. Os acidentes quase triplicaram no trecho entre Catanduva e Mirassol.”


No último levantamento obtido pela reportagem em 2013, ainda com a duplicação em andamento, porém, foi constatada redução de 50% no número de mortes na pista. Se em 2011, quando as obras começaram, 37 morreram na rodovia, em 2012, o número de óbitos foi reduzido para 19. A reportagem não obteve os números de 2013. Para o capitão da Polícia Rodoviária Estadual, Fabiano Ferreira Nascimento, melhorias estruturais na pista costumam gerar aumento do número de acidentes, mas diminuição no de mortes. “Com a estrada duplicada e asfalto novo, o motorista baixa a guarda, e reduz o nível de segurança, o que ocasiona aumento de ocorrências. Por outro lado, a pista dupla reduz a gravidade dos acidentes, já que não há colisão frontal, por exemplo”, argumentou ele, na mesma reportagem


Multas


Transitar com velocidade até 20% acima do permitido nas rodovias estaduais paulistas é considerada uma infração média e pode resultar em multa de R$ 86,13, além de render quatro pontos na carteira de habilitação. Quando o motorista é flagrado em velocidade 50%, ou mais, acima do máximo permitido, o motorista perde sete pontos na carteira, além de levar uma multa de R$ 574, se tratando de infração gravíssima.


Duplicação


A duplicação da Euclides da Cunha custou R$ 850 milhões aos cofres do Estado e foi realizada entre os quilômetros 453 e 639, passando pelos municípios de Bálsamo, Mirassol, Tanabi, Cosmorama, Votuporanga, Fernandópolis, Meridiano, Valentim Gentil, Estrela d'Oeste, Jales, Urânia, Aspásia, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, Rubinéia, Santa Fé do Sul e Três Fronteiras.


Radares por todos os lados


Com a instalação de radares na Euclides da Cunha, três rodovias da região de Rio Preto – incluindo Washington Luís (SP-310) e Transbrasiliana (BR-153) -, agora passam a ser monitoradas por radares. São 24 equipamentos, que fiscalizam 335 quilômetros. Os 17 equipamentos de monitoramento de velocidade da BR-153 começaram a operar na semana passada, após quase dois anos instalados e ociosos. Os radares não começaram a funcionar antes por falta de um convênio entre o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre), Polícia Rodoviária Federal e a concessionária que administra a rodovia.


Os equipamentos, que consumiram R$ 1,5 milhão, vão fiscalizar a velocidade dos motoristas no trecho de 59 quilômetros entre Nova Granada e Jaci, mas 11 deles estão no perímetro urbano de Rio Preto. A velocidade máxima permitida pelos aparelhos varia de 60 a 80 quilômetros por hora. Já na rodovia Washington Luís, os radares operam com limite de velocidade que varia de 90 a 110 quilômetros por hora.


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