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24 de Setembro de 2015 – 04h35 horas / G1

Motoristas que passam pela Rodovia Vicinal Doutor Horácio Ramalho enfrentam diariamente o risco de trafegar entre buracos, curvas fechadas, pontes e viadutos precários. Na estrada de 13 quilômetros que liga Taquaritinga (SP) a Santa Ernestina (SP), a maior preocupação, no entanto, é com um trecho que precisou ser interditado por causa da erosão.

Por causa das recentes chuvas, parte da tubulação do córrego que passa por baixo da pista simples foi destruída. A erosão fez o barranco ceder e afundar parte do asfalto, e o trecho  foi parcialmente interditado. O problema, segundo os motoristas, é que a sinalização foi feita a apenas 100 metros do local, distância insuficiente para prevenir acidentes.

"A situação é perigosa para a população que precisa da estrada. Quem não conhece, quando vê já está em cima do problema. Está praticamente passando um veículo por vez. Ali pode ocorrer um acidente. À noite, o problema se agrava mais ainda, porque você não tem visão", afirma o empresário Paulo Sérgio Mora.

O gerente de manutenção Fábio Luciano de Sales passa todos os dias pela vicinal, e diz que o risco de acidentes é ainda maior por conta do tráfego de caminhões de cana-de-açúcar.

"Aqui passa muito caminhão canavieiro, é via de acesso de transporte de cana-de-açúcar. Para o caminhão passar todo o perímetro do buraco e vir outro automóvel no sentido contrário, na velocidade, não dá tempo. O perigo é de acabar colidindo até de frente. O motorista tem que invadir a pista contrária", diz.

A falta de manutenção da estrada também preocupa o motorista Gilmar Roberto da Silva, que transporta pacientes de Santa Ernestina a Taquaritinga diariamente. Além do problema do trecho que foi interditado, ele conta que uma ponte na estrada também é risco constante para os motoristas.

"Não foi feita uma ponte adequada. Está desmoronando de um lado, do outro lado começou a desmoronar, e o que a gente sabe é que vai cair. Só não sabe a hora e não sabe quem vai ser a vítima", afirma.

Ainda de acordo com Silva, um viaduto na estrada, onde antigamente passava uma linha férrea, é estreito e não tem iluminação suficiente para aqueles que trafegam à noite pelo local. O pontilhão fica em uma curva fechada e tem um pilar entre as duas pistas, o que dificulta ainda mais a passagem.

"O pontilhão é estreito e à noite não tem faixa refletiva em volta. É uma baixada, quem não conhece dá de cara com o pontilhão. É um descaso com a população, principalmente quem mora em Santa Ernestina. Nós não temos médicos 24h, porque não tem hospital. Tudo o que a gente faz, a gente precisa de Taquaritinga. Aí a estrada não tem acostamento na lateral, não tem placa indicando uma curva. É um perigo constante", conclui.

Prefeituras são responsáveis por manutenção

Segundo o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), as últimas obras na vicinal foram concluídas em 2007, e a manutenção da estrada é de responsabilidade das prefeituras.

Em relação à ponte sem proteção lateral, a Prefeitura de Santa Ernestina informou que o local passará por reforma, e que o projeto deverá ser entregue em 40 dias.
Já a Prefeitura de Taquaritinga informou que já pediu à América Latina Logística (ALL) que retire o pilar que fica entre as duas pistas do pontilhão da linha férrea. A administração municipal, no entanto, disse que não há ainda planejamento para tal obra.

Sobre o trecho da pista que desabou e foi interditado, a Prefeitura informou que aguarda autorização do DER para reforma no local.


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