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03 de Novembro de 2016 – 05h15 horas / G1 – Sul de Minas

O saque de cargas é um tipo de crime que vem crescendo no Brasil. A maioria das ocorrências, cerca de 85%, é registrada nas estradas do Sudeste do país. No Sul de Minas, este tipo de crime tem se tornado comum. Somente no final de outubro, 13 toneladas de café desapareceram depois que um caminhão tombou na rodovia BR-265, entre Boa Esperança (MG) e Campo Belo (MG).

 

Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), em 2015, o número de saques deste tipo aumentou 10% comparado com o ano anterior, em todo o país. De 17,5 mil ocorrências, o registro passou para pouco mais de 19,2 mil, prejuízo de pouco mais de R$ 1,12 bilhão nos últimos dois anos.

 

Entre os produtos mais visados estão os caminhões carregados com bebidas. Os saqueadores agem rápido e, nem sempre, o motorista consegue evitar, mas o que pouca gente sabe é que essa prática é considerada roubo de carga.

 

"As pessoas usam ainda termos típicos do tipo: 'eu estava ajudando a limpar a pista'. Mas olha para limpar a pista têm as concessionárias e as empresas que farão o serviço. A pessoa que está ali enchendo o carro com produtos, ele está realmente furtando", disse o delegado Antonio Carlos Buttignon.

 

E nem mesmo quando há vítimas, os saqueadores perdoam. Uma carreta carregada com biscoitos bateu em um ônibus, na rodovia BR-040, perto de Juiz de Fora (MG). Seis pessoas morreram, 40 ficaram feridas e a carga foi toda roubada.

 

"Não adianta, nós tentamos segurar o máximo possível, mas foram chegando muitos usuários, muitos pedestres que foram se inflamando e com o tempo foram se aproximando, fechando a carga e começou o saque", explicou o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Carlos Gontijo.


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