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09 de Fevereiro de 2015 – 04h59 horas / Portal do Agronegócio

A situação ficou ainda mais complicada porque o mês de janeiro voltou a registrar pouca chuva em várias das regiões do Estado.

O resultado é que a produtividade, prevista inicialmente em 52,4 sacas por hectare, não deverá ser conseguida.

Com 17% da área colhida, o resultado que as máquinas apontam é o de uma produtividade média de 51 sacas.

Ricardo Tomczyk, presidente da Aprosoja (associação dos produtores de soja e de milho em Mato Grosso), diz que o estrago é grande, mas que ainda é cedo para definir números de produção e de perda de renda por parte dos produtores.

Apesar de a Aprosoja não fazer essas estimativas, é possível prever que os 27,9 milhões de toneladas esperados para 2014/15 não devem ser atingidos.

A área plantada foi de 8,87 milhões de hectares e, se considerada a produtividade média de 51 sacas até o final da colheita, a produção do Estado pode perder acima de 500 mil toneladas.

Tomczyk destaca dois problemas que preocupam. Um deles é que a produtividade está com tendência de queda, e pode terminar a safra com um volume ainda menor de sacas por hectare.

Outro é que a quebra de safra não é linear. Alguns produtores até vão ter colheita normal, mas boa parte terá forte redução na produção.

Esses últimos vão ter sérias consequências financeiras porque esta safra foi semeada com os maiores custos da história, segundo o presidente da Aprosoja.
A situação no setor só não é pior porque o produtor tem a salvaguarda do dólar, diz Tomczyk. A moeda norte-americana a R$ 2,74 ainda dá competitividade ao setor.
Mesmo com o atraso na colheita de soja, os produtores vão fazer a segunda safra, plantando milho. Isso porque os preços reagiram neste início de ano.

Mas o plantio deverá ser feito em área menor do que a prevista e com a utilização de menos tecnologia. O resultado será uma produtividade abaixo do que a dos anos anteriores, acredita o presidente da associação dos produtores de soja e de milho.
Líder A produção de grãos dos Estados Unidos está basicamente localizada no Meio-Oeste. A maior fonte de renda das exportações norte-americanas do setor agropecuário vem, no entanto, da diversificada Califórnia.

Industrialização Sem uma produção destacada de grãos, o Estado consegue reunir inovação e industrialização. O resultado são vendas externas de US$ 19,5 bilhões no setor agrícola em 2013. Esse desempenho coloca a Califórnia com vantagem de 91% em relação ao segundo colocado.


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