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07 de Outubro de 2015 – 04h58 horas / Cenário MT

Um novo recorde na produção de soja na safra 2015/2016 é a previsão da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A entidade projeta uma produção de 97,8 milhões de toneladas de soja, 3 milhões a mais do que o volume estimado para a safra deste ano. A projeção da Abiove poderá ser ultrapassada e a produção chegar a 100 milhões de toneladas, dependendo das condições meteorológicas.

As novas projeções para o complexo soja, divulgadas hoje e disponíveis no site da Abiove – www.abiove.org.br, são acompanhadas dos dados estatísticos mensais de agosto. A amostragem de janeiro a julho representa entre 81% a 85% do setor, enquanto a de agosto, entre 77% a 81%. (Para ver os dados, por favor, vá até a home page e clique em Últimas Estatísticas).

Apesar de ter ocorrido uma queda significativa dos preços internacionais (Bolsa de Chicago) nos últimos 12 meses, o aumento na área, e consequentemente da produção da oleaginosa, explica-se pela desvalorização do real frente à moeda norte-americana, que elevou a remuneração dos sojicultores no mercado interno.

Os preços, em setembro, foram mais altos do que em setembro de 2014, oscilando em torno de R$ 80 a saca de 60 Kg, ante R$ 60 há um ano.

Além disso, a demanda externa continua firme, principalmente com sinais de que a China prossegue, sem grandes alterações, importando a matéria-prima brasileira.

De acordo com a Abiove, a produtividade se manterá estável, em torno de 3 mil Kg de soja por hectare.

Dificuldades tributárias para agregar valor – A Abiove revisou para cima a projeção de exportações de soja em grão: dos estimados 52,40 milhões de toneladas para 52,80 milhões de t na safra 2015/2016. Quanto ao processamento, houve um pequeno ajuste: de 40,10 milhões de t para 40 milhões de t.

O Brasil continua com muita dificuldade em capturar a agregação de valor e gerar emprego no país, em razão do desequilíbrio tributário da indústria, caracterizado por acúmulo de créditos tributários. Em função do aumento da produção, o estoque final está projetado em 4,39 milhões de toneladas, segundo a Abiove, na comparação com 2,09 milhões de t em 2015.

Projeções para o farelo:  Quanto ao farelo proteico, a projeção da Abiove é de uma produção de 30,30 milhões de toneladas, leve oscilação para baixo ante a estimativa feita para 2015, de 30,40 milhões de t. As exportações de farelo deverão declinar de 15,20 milhões de t para 14,80 milhões de t. O estoque final permanecerá inalterado, em torno de 1,22 milhão de t. O consumo doméstico está previsto em 15,50 milhões de t, ante 15,10 milhões de t, conforme estimativa feita para 2015.

Óleo: produção, consumo, exportação – A Abiove não prevê alteração na produção de óleo, que deverá se manter em 7,95 milhões de t na safra 2015/2016. A associação projeta em 6,60 milhões de t o consumo doméstico, volume igual ao previsto para 2015. A exportação de óleo deverá passar de 1,35 milhão de t para 1,37 milhão de t. O estoque final está projetado em 378 toneladas, mantendo-se inalterado na previsão da Abiove para a safra 2015/2016.


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