Nesta semana, a Transolímpica, via expressa localizada no Rio de Janeiro, completa 30 dias que foi aberta para a circulação de veículos, inclusive caminhões. Administrada pela concessionária ViaRio, é um dos principais legados dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Possui 13 km de extensão sem sinais nem cruzamentos e liga a Avenida Brasil à região da Barra da Tijuca, permitindo que o trajeto seja percorrido em 20 minutos.
Atualmente, é a principal alternativa para quem está na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca ou no Recreio e quer ir para a Dutra ou para a BR-040. Os motoristas seguem em direção à Avenida Brasil e descem sentido Centro, acessando a Dutra ou a BR-040. Quem preferir ir pelo Arco Metropolitano, basta sair na Avenida Brasil em direção à Zona Oeste.
A permissão para o tráfego de caminhões também tem sido um diferencial. Cerca de 15 mil veículos de carga já passaram pelo corredor expresso nos últimos 30 dias. A Transolímpica não está incluída entre as vias com restrição para a circulação de veículos de carga estabelecida pela prefeitura do Rio de Janeiro em 20 de setembro de 2016. A média diária de veículos que trafegam pela via atingiu a marca dos 30 mil, mais da metade da estimativa para os próximos anos, que era de 55 mil.
Projetada para abreviar o caminho entre a Avenida Brasil e a Barra da Tijuca sem sobrecarregar o tráfego nos bairros adjacentes, a Transolímpica conta com 10 entradas e 9 saídas. No sentido Barra, há duas entradas na Avenida Brasil (sentido Zona Oeste e sentido Centro), uma na altura da Malé, uma na Marechal Fontenelle e uma na Estrada do Rio Grande; e 6 saídas: Marechal Fontenelle, Estrada do Rio Grande, Outeiro Santo, Colônia, Curicica e Salvador Allende. No sentido Deodoro são 5 entradas: Salvador Allende, Curicica, Outeiro Santo Estrada do Rio Grande e Marechal Fontenelle; e 3 saídas: Estrada do Rio Grande, Marechal Fontenelle e Avenida Brasil.
Tecnologia e segurança
A implantação da Transolímpica inclui a abertura de novos caminhos pelo maciço da Pedra Branca, por meio da construção de um túnel com quatro emboques e duas galerias. O primeiro trecho do túnel, na Serra do Engenho Velho, batizado de Senador Nelson Carneiro, tem 1,4 quilômetro em cada sentido; enquanto o segundo, situado na Estrada da Boiúna e que recebeu o nome Cauby Peixoto, possui duas galerias de 190 metros cada. Os túneis têm três pistas, em cada sentido, sendo uma exclusiva para o BRT (Bus Rapid Transit), e contam com forte aparato tecnológico para controle de poluição e segurança. A velocidade diretriz da rodovia é 80 km/h.
O Sistema de Controle de Poluição tem como objetivo supervisionar e controlar o ar no interior dos túneis quanto ao nível de monóxido de carbono e ao nível de fumaça proveniente dos veículos automotivos ou deficiência de oxigênio. Sensores medidores de monóxido de carbono são distribuídos ao longo dos túneis, no mínimo um a cada 600m, por galeria, com a finalidade de enviar para uma central os níveis de monóxido de carbono em seu interior. Também estão distribuídos ao longo dos túneis medidores de fumaça (um a cada quilômetro) por galeria, com a finalidade de informar o nível de fumaça no interior.
Pelo túnel do Engenho Velho passam 142 mil metros de cabos. Há um Centro de Rádio Comunicação conectado ao Corpo de Bombeiros, à Defesa Civil e ao Batalhão de Policiamento em Vias Expressas e 53 telefones a cada 60 metros para comunicação do usuário com o Centro de Controle Operacional da via. O túnel também possui detectores automáticos de incidente e câmeras de monitoramento; Painéis de Mensagens Variáveis; 16 jato-ventiladores e três geradores. Em caso de emergência, há cinco saídas com portas que cortam fumaça; direcionamento da saída de emergência por voz; além de cancelas e semáforos para fechamento imediato do tráfego ao túnel, em caso de incêndio. Toda a via expressa é monitorada 24 horas por 110 câmeras.
“Acidentes trágicos em túneis da Europa fizeram com que houvesse a necessidade de se repensar, globalmente, a segurança nas obras destas estruturas. O túnel do Engenho Velho, da Transolímpica, contempla o que há de mais moderno em termos de segurança”, diz Hélcio Canedo, gerente de operações da ViaRio.
Frota
A frota da ViaRio disponível para atender ocorrências na Transolímpica em regime 24X7 conta com 3 veículos utilitários de inspeção de tráfego, 2 motos de inspeção de tráfego, 2 ambulâncias de resgate, 1 guincho super pesado, 1 guincho médio, 3 guinchos leves,1 caminhão pipa e 1 caminhão boiadeiro.
Pedágio
A praça de pedágio principal da Transolímpica, na altura do bairro de Sulacap, possui 14 raias para passagem de veículos, sendo 7 em cada sentido, entre manuais, automáticas, mistas, exclusivas para motos e para BRT. O valor do pedágio para caminhões varia entre R$ 8,80 e R$ 35,40 (7 eixos).
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