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06 de Agosto de 2015 – 04h51 horas / G1

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (5) três suspeitos de integrar uma quadrilha envolvida no roubo de uma carga de defensivos agrícolas, em junho deste ano, em Igarapava (SP).

O crime aconteceu na rodovia SP-328, conhecida como antiga Anhanguera. Três homens armados renderam o motorista do caminhão, que levava a carga avaliada em R$ 1 milhão, e o levaram até um canavial.

As 32 toneladas de defensivos agrícolas foram recuperadas pela polícia em julho. O produto estava armazenado em um galpão, em Jardinópolis (SP).

Segundo o delegado de Igarapava Jucélio de Paula Silva Rego, os suspeitos presos nesta quarta-feira negaram participação no crime. Eles tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça e foram levados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Franca (SP).

Investigação

As prisões ocorreram em Sumaré (SP) e em Hortolândia (SP) durante uma ação conjunta entre as polícias de Igarapava e de Campinas. De acordo com o delegado, os suspeitos foram identificados porque a quadrilha já era investigada por roubos de cargas no interior de São Paulo. “Acreditamos que a quadrilha seja formada por oito a dez pessoas, alguns já estão identificados e hoje conseguimos a prisão de três”, diz Silva Rego.

Em julho, durante a investigação, policiais de Ribeirão Preto e de Campinas chegaram à carga de defensivos agrícolas. De acordo com uma testemunha que prefere não ser identificada, a quadrilha usou um galpão em Jardinópolis como se fosse uma empresa. "Vieram, fizeram uma reforma na fachada do galpão, pintaram o muro. Depois de dois dias vieram com um carregamento, como se fosse uma empresa normal aqui da região. Na semana seguinte, veio a polícia, com viaturas, entraram e apreenderam a mercadoria."

A polícia investiga a identidade do dono do galpão. No dia do roubo, a carga havia saído de Paulínia (SP) e seria entregue a uma empresa de transporte e logística em Igarapava.

Para o delegado, a facilidade em obter lucro com a venda desse tipo de produto atrai o interesse de bandidos. “É uma carga fácil de ser diluída, disseminada no meio criminal. São galões de 20 litros, pode ser distribuído por empresas não idôneas, fazendeiros, agricultores, e pode ser usado na falsificação de venenos”, explica Silva Rego.

Segundo a polícia, a quadrilha é suspeita de envolvimento em pelo menos outros dois crimes. Em setembro de 2014, motoristas foram assaltados em uma falsa blitz na Rodovia Zeferino Vaz, na região de Campinas. No segundo caso, em abril deste ano, os suspeitos atiraram contra um caminhoneiro que transportava defensivos agrícolas pela Rodovia Anhanguera, em Paulínia.

A polícia afirma que um dos presos nesta quarta-feira participou da tentativa de assalto que feriu o motorista.


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